A raiva é uma resposta emocional normal às situações em que nos sentimos ameaçados, quando queremos fazer algo e somos interrompidos, injustiçados ou sentimos que nossos desejos não foram alcançados. Sentir raiva nestas situações é normal. Na dose certa, ela favorece as relações dando limite aos outros de modo a não nos sentirmos lesados e prejudicados. Na dose baixa, traz passividade. Na dose excessiva pode trazer agressividade.
A irritabilidade passa a ser um problema quando é frequente, acontecendo quase todos os dias, durando a maior parte do dia, quando inicia muito rápido com gatilhos pequenos, quando a criança ou jovem não consegue controlá-la levando a agressividade e autolesão. Além disso, pode ser uma manifestação de sintomas de tristeza aumentada e depressão, servindo como sinal de alerta para outras condições e fatores associados
O que podemos fazer para ajudar alguém com muita
irritabilidade
- Ensinar a aceitar e entender os sentimentos de raiva;
- Tire a criança do local onde está acontecendo a crise de birra;
- Forneça uma alternativa para a criança lidar com a raiva sem envolver agressividade (e.g., exercícios de respiração e relaxamento);
- Estabeleça as regras;
- Reconheça os comportamentos positivos;
- Manter um padrão consistente na oferta de limites;
- Atendimento periódico com os pais para alinhar combinações referentes aos limites;
- Mudança de localização da criança na sala de aula;
- Antecipar e mediar conflitos.
Que atitudes podem atrapalhar?
- Castigos físicos nunca. Eles interferem na autoestima da criança. Além de ser ilegal (Lei Menino Bernardo n. 13.030 de
2014), os castigos físicos posicionam o ato violento como uma alternativa, aumentando a utilização de atos agressivos contra outras crianças; - Responder com rispidez e irritabilidade – crianças e jovens agem como espelho do que vêem e experienciam – assim, é
importante mostrar-se fonte de segurança e tranquilidade, favorecendo a resolução do conflito; - Evite instruções muito longas. Ser assertivo ajuda tanto a criança/adolescente quanto o adulto que está dando a instrução;
- Cuide para que a criança não aprenda que recebe atenção (positiva ou negativa) ao expressar a raiva.