Comportamento normal e comportamento de risco
Bullying é quando uma pessoa (ou grupo) intimida, ofende ou machuca fisicamente outra pessoa (ou grupo) de propósito. Algum nível de brincadeira e zombaria entre amigos na escola, ou fora dela, pode ser algo normal. Porém, quando isso se torna muito frequente, repetitivo, gera efeitos negativos na pessoa alvo das brincadeiras trata-se de bullying. São comportamentos frequentes associados ao bullying:
- Chamar outra pessoa de nomes e proferir comentários
ofensivos - Espalhar mentiras e boatos sobre outra pessoa
- Fazer piadas e deboches
- Bater ou chutar
- Pegar as coisas ou o dinheiro de outra pessoa
- Excluir outra pessoa
- Ameaçar, ou intimidar
O que podemos fazer para ajudar alguém que está sofrendo
bullying?
- Sempre que você ficar sabendo da ocorrência de alguma situação, não a ignore e faça alguma coisa. Converse com a criança que está sofrendo bullying e lhe dê apoio. Pergunte a criança o que ela gostaria que acontecesse e diga que, juntos, vocês encontrarão uma maneira de lidar com o bullying.
- Seja consistente nas suas intervenções. Se você disser que irá fazer alguma coisa, faça. As crianças percebem inconsistências com facilidade e podem parar de pedir ajuda se isso acontecer.
- Esteja atento às crianças que já sofreram bullying. Mantenha contato, pergunte e dê apoio. Essa proximidade pode ajudar a determinar se o comportamento parou, ou é recorrente. Não esqueça de um incidente de bullying depois que ele se resolver. Continue atento e observando, pois o bullying pode ter efeitos duradouros.
O que podemos fazer para ajudar alguém que está realizando
bullying?
- Lembre-se de que, mesmo que uma criança esteja praticando bullying, ela ainda é uma criança. Seja cuidadoso para não estigmatizar a criança na frente dos seus colegas. Este tipo de situação tende a intensificar o comportamento problema dentro e fora da sala de aula.
- Converse reservadamente com a criança que está praticando bullying. Mencione o comportamento que é o problema, mas tente manter o seu tom de voz o menos impositivo e punitivo possível. Pergunte, escute e deixe que a criança lhe conte o que aconteceu e relate o seu lado da história. Em situações de bullying, geralmente há muitas coisas acontecendo com a criança, por isso, você precisa ser um bom ouvinte.
- Faça perguntas como “Como você se sentiria se alguém fizesse isso com uma pessoa de quem você gosta? E com você?”. Evite sermões e converse com o aluno sobre como ele deve agir a partir daquele momento.
Que atitudes podem atrapalhar?
- Não simplifique o problema achando que é brincadeira de criança e que irá passar. Não espere que as crianças resolvam seus conflitos por conta própria. Crianças precisam de auxílio para lidar e resolver conflitos de maneira efetiva.
- Não lide com incidentes de bullying pedindo que as crianças envolvidas sentem, conversem e resolvam entre si.
- Não puna todas as crianças envolvidas se o responsável pelo bullying não puder ser identificado. Assim, você corre o risco de punir a vítima de bullying, o que a desencoraja de pedir ajuda em uma situação futura.
- Bullying é um comportamento que requer intervenção. Portanto, não atribua fazer bullying à personalidade ou ao perfil de uma criança.
O que podemos fazer para prevenir bullying na escola?
- Deixe claro como os alunos podem relatar incidentes de bullying. Deixe claro que o aluno pode decidir para quem ele irá falar e pedir ajuda em relação ao bullying.
- Crie um sistema de regras entre a turma de forma coletiva, salientando como os alunos acreditam que deveriam agir e tratar uns aos outros. Estimule os alunos a relatarem quando houver situações, dentro e fora da escola, em que essas regras forem descumpridas.
- Reforce comportamentos positivos em todos os alunos. Por exemplo, se você perceber um aluno sendo gentil com o outro, ou prestando alguma ajuda, elogie.